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A microbiologia marinha é uma área de estudo que se concentra na investigação dos microrganismos presentes nos ecossistemas marinhos. Ela abrange uma ampla gama de organismos microscópicos, incluindo bactérias, arqueias, algas microscópicas, vírus e outros microrganismos. É um campo em constante evolução, com avanços contínuos na compreensão dos microrganismos e sua importância nos ecossistemas oceânicos. Os pesquisadores utilizam uma variedade de métodos para estudar a microbiologia marinha, incluindo técnicas de sequenciamento de DNA e RNA, microscopia, cultivo de microrganismos em laboratório, observações em ambientes naturais e estudos experimentais em <span style="color:blue" title="Ambientes ou sistemas experimentais em escala reduzida que tentam replicar condições semelhantes às encontradas em ecossistemas naturais. Eles são usados em estudos científicos para investigar e compreender os efeitos de diferentes variáveis ou perturbações em um ecossistema específico.">mesocosmos</span>. e laboratórios marinhos. | <ref>1 Morsink, K. With Every Breath You Take, Thank the Ocean. Smithsonian. <nowiki>https://ocean.si.edu/ocean-life/plankton/every-breath-you-take-thank-ocean</nowiki> Accessed on May 15, 2023. | ||
2 NOAA. How much oxygen comes from the ocean? <nowiki>https://oceanservice.noaa.gov/facts/ocean-oxygen.html</nowiki>. Accessed on May 15, 2023. | |||
3 Riser, S.C. & K.S. Johnson. Net production of oxygen in the subtropical ocean. Nature, vol. 451. January 17, 2008. doi: 10.1038/nature06441. | |||
4 Partensky, F., W.R. Hess, and D. Vaulot. Prochlorococcus, a marine photosynthetic prokaryote of global significance. Microbiology and Molecular Biology Reviews. Vol. 63. March 1999. <nowiki>https://mmbr.asm.org/content/63/1/106</nowiki> | |||
5 Pennisi, E. Meet the obscure microbe that influences climate, ocean ecosystems, and perhaps even evolution. Science. March 9, 2017. <nowiki>https://www.sciencemag.org/news/2017/03/meet-obscure-microbe-influences-climate-ocean-ecosystems-and-perhaps-even-evolution</nowiki></ref>A microbiologia marinha é uma área de estudo que se concentra na investigação dos microrganismos presentes nos ecossistemas marinhos. Ela abrange uma ampla gama de organismos microscópicos, incluindo bactérias, arqueias, algas microscópicas, vírus e outros microrganismos. É um campo em constante evolução, com avanços contínuos na compreensão dos microrganismos e sua importância nos ecossistemas oceânicos. Os pesquisadores utilizam uma variedade de métodos para estudar a microbiologia marinha, incluindo técnicas de sequenciamento de DNA e RNA, microscopia, cultivo de microrganismos em laboratório, observações em ambientes naturais e estudos experimentais em <span style="color:blue" title="Ambientes ou sistemas experimentais em escala reduzida que tentam replicar condições semelhantes às encontradas em ecossistemas naturais. Eles são usados em estudos científicos para investigar e compreender os efeitos de diferentes variáveis ou perturbações em um ecossistema específico.">mesocosmos</span>. e laboratórios marinhos. | |||
Propriedades gerais e diversidade microbiana | Propriedades gerais e diversidade microbiana | ||
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A simbiose quimioautotrófica é um tipo especial de associação simbiótica que ocorre em ambientes de oceano profundo, onde a luz solar é ausente. Nesse tipo de simbiose, os microrganismos envolvidos utilizam a energia química proveniente da oxidação de compostos inorgânicos para produzir matéria orgânica, servindo como fonte de energia para os organismos hospedeiros. | A simbiose quimioautotrófica é um tipo especial de associação simbiótica que ocorre em ambientes de oceano profundo, onde a luz solar é ausente. Nesse tipo de simbiose, os microrganismos envolvidos utilizam a energia química proveniente da oxidação de compostos inorgânicos para produzir matéria orgânica, servindo como fonte de energia para os organismos hospedeiros. | ||
A simbiose quimioautotrófica é comumente encontrada em habitats de oceano profundo, como fontes hidrotermais (hot seeps), fendas frias (cold seeps) e áreas de surgência de metano (hidrato de gás). Esses ambientes são caracterizados pela presença de fluidos ricos em compostos químicos, como sulfetos, metano e amônia, que servem como fonte de energia para os microrganismos | A simbiose quimioautotrófica é comumente encontrada em habitats de oceano profundo, como fontes hidrotermais (hot seeps), fendas frias (cold seeps) e áreas de surgência de metano (hidrato de gás). Esses ambientes são caracterizados pela presença de fluidos ricos em compostos químicos, como sulfetos, metano e amônia, que servem como fonte de energia para os microrganismos. | ||
Os microrganismos quimioautotróficos envolvidos na simbiose podem ser bactérias ou arqueias. Eles possuem enzimas especiais que lhes permitem oxidar os compostos inorgânicos presentes no ambiente e converter essa energia em energia química utilizável para a síntese de compostos orgânicos. Alguns exemplos de microrganismos quimioautotróficos são as bactérias sulfuro-oxidantes, metano-oxidantes e nitrificantes. | Os microrganismos quimioautotróficos envolvidos na simbiose podem ser bactérias ou arqueias. Eles possuem enzimas especiais que lhes permitem oxidar os compostos inorgânicos presentes no ambiente e converter essa energia em energia química utilizável para a síntese de compostos orgânicos. Alguns exemplos de microrganismos quimioautotróficos são as bactérias sulfuro-oxidantes, metano-oxidantes e nitrificantes. | ||
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Em áreas de surgência de metano, o metano é oxidado por microrganismos metano-oxidantes. Além disso, a oxidação da amônia também pode ser uma fonte de energia em certos ambientes. | Em áreas de surgência de metano, o metano é oxidado por microrganismos metano-oxidantes. Além disso, a oxidação da amônia também pode ser uma fonte de energia em certos ambientes. | ||
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