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Edição atual tal como às 12h31min de 14 de junho de 2023
As esponjas são uma das criaturas mais simples e provavelmente a mais antiga linhagem multicelular de animais existentes.[1] Ainda não há consenso entre os pesquisadores, mas usualmente as esponjas são classificadas dentro do grupo dos Metazoa (Domínio dos animais). Entretanto, alguns cientistas acreditam que estes seres constituem um grupo denominado de Parazoa, que possuem apenas um filo, o Porifera[2].
Nesta última classificação, os poríferos não são tidos como animais propriamente ditos, mas como criaturas pertencentes a um grupo próximo aos animais que poderiam, até mesmo, ter sido um dos ancestrais dos atuais metazoários.[3]
Isso ocorre devido à simplicidade dos poríferos. Apesar de serem criaturas multicelulares e suas células apresentarem um grau considerável de independência umas das outras, os poríferos não possuem órgãos nem tecidos verdadeiros, sendo desprovidos de sistema nervoso e órgãos sensitivos. Além disso, são sésseis, ou seja, não se movimentam. Pequenas movimentações são usualmente derivadas das correntes marinhas das regiões em que estes poríferos estão habitando.[4]
Entretanto, as esponjas ganharam a atenção dos pesquisadores e zoólogos quando observaram a existência de um fluxo interno de água, garantindo à esponja alimento, oxigênio e excreção de seus dejetos. Neste processo, células flageladas chamadas de coanócitos, organizadas na cavidade interna dos poríferos.[5] Ao movimentarem seus flagelos, os coanócitos criam um turbilhão interno de água, que acabam trazendo partículas de alimentos aos poríferos, que mais tarde serão fagocitadas e digeridas pelos amebócitos (outro tipo celular das esponjas).[6]
Atualmente, existem aproximadamente 8000 a 9000 espécies de poríferos, sendo divididos em quatro classes: Demospongiae, Calcarea, Homoscleromorpha e Hexactinellida3. Portanto, morfologicamente, as esponjas são bem variadas quanto aos seus padrões de arquitetura corporal como com suas dimensões. Existem esponjas com poucos milímetros de diâmetro, enquanto outras podem ter muitos metros. Além disso, podem ser encontradas em vários ambientes marinhos. A maior parte das espécies de esponjas são encontradas em águas rasas, embora algumas espécies possam habitar águas profundas.[7]
1.2. Reprodução
Os poríferos se reproduzem de duas formas: sexuada e assexuada. De forma geral, as esponjas se reproduzem assexuadamente por brotamento ou gemulação. No brotamento, uma parte da esponja é destacada (seja porque aquela parte cresceu muito ou por ter sido arrancada) e separada. Esta parte agora independente poderá se fixar em algum substrato, crescer e formar um novo indivíduo. A reprodução por gemulação, entretanto, é um pouco mais complexa, pois envolve mais fatores externos e tipos celulares da esponja atuando em harmonia. Neste caso, em ambientes passíveis de períodos de seca, as esponjas protegem suas gêmulas (constituídas por amebócitos) com uma camada de espongina e espículas, deixando-as em um estado dormente. Dessa forma, quando as condições climáticas se tornam favoráveis, os amebócitos “germinam”, dando origem a uma nova esponja. Por fim, no processo de reprodução sexuada os gametas das esponjas são produzidos pelos coanócitos transformados (espermatozoides) e coanócitos e amebócitos (oócitos).
- ↑ Ereskovsky, A.V. In Search of the Ancestral Organization and Phylotypic Stage of Porifera. Russ J Dev Biol 50, 317–324 (2019). https://doi.org/10.1134/S1062360419060031
- ↑ Livro_Ciencias Biologicas_Zoologia dos Invertebrados.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431608/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Invertebrados.pdf
- ↑ Livro_Ciencias Biologicas_Zoologia dos Invertebrados.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431608/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Invertebrados.pdf
- ↑ Livro_Ciencias Biologicas_Zoologia dos Invertebrados.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431608/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Invertebrados.pdf
- ↑ Godefroy, N., Le Goff, E., Martinand-Mari, C. et al. Sponge digestive system diversity and evolution: filter feeding to carnivory. Cell Tissue Res 377, 341–351 (2019). https://doi.org/10.1007/s00441-019-03032-8
- ↑ Livro_Ciencias Biologicas_Zoologia dos Invertebrados.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431608/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Invertebrados.pdf
- ↑ Livro_Ciencias Biologicas_Zoologia dos Invertebrados.pdf https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431608/2/Livro_Ciencias%20Biologicas_Zoologia%20dos%20Invertebrados.pdf