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Em 30 de agosto de 2019, foi identificado o maior desastre ambiental envolvendo derramamento de petróleo do Brasil. Inicialmente, o óleo apareceu em algumas praias do Nordeste brasileiro e rapidamente se espalhou pelo oceano, atingindo o litoral Sudeste. Investigações do Governo Federal tinham como objetivo descobrir qual a origem do óleo e o local inicial do derramamento. Assim, foi constatado que a fonte principal estaria a mais de 700 quilômetros da costa brasileira e que mais de 2.000 km de praias foram atingidas por cerca de 5.000 toneladas de óleo, incluindo os nove estados do Nordeste, e dois do Sudeste, sendo estes Rio de Janeiro e Espírito Santo. | Em 30 de agosto de 2019, foi identificado o maior desastre ambiental envolvendo derramamento de petróleo do Brasil. Inicialmente, o óleo apareceu em algumas praias do Nordeste brasileiro e rapidamente se espalhou pelo oceano, atingindo o litoral Sudeste. Investigações do Governo Federal tinham como objetivo descobrir qual a origem do óleo e o local inicial do derramamento. Assim, foi constatado que a fonte principal estaria a mais de 700 quilômetros da costa brasileira e que mais de 2.000 km de praias foram atingidas por cerca de 5.000 toneladas de óleo, incluindo os nove estados do Nordeste, e dois do Sudeste, sendo estes Rio de Janeiro e Espírito Santo. | ||
Em outubro de 2019, o governo brasileiro divulgou a compatibilidade do óleo encontrado nas praias com o obtido em campos petrolíferos venezuelanos. (Marinha do Brasil, 2019). Em novembro do mesmo ano, um navio de bandeira grega foi apontado como suspeito da origem do óleo (Ministério Público Federal, 2019). As dificuldades que permearam a averiguação dos fatos se baseiam no caso da posição geográfica da costa brasileira. Isso porque está localizada próxima ao Canal do Panamá, região de intenso tráfego de navios mercantes entre o oceano Pacífico e Atlântico. Ou seja, os danos causados vão além das jurisdições brasileiras, prejudicando assim a identificação dos responsáveis, como também a especificação das possíveis medidas de contenção e recuperação das áreas afetadas. | Em outubro de 2019, o governo brasileiro divulgou a compatibilidade do óleo encontrado nas praias com o obtido em campos petrolíferos venezuelanos. (Marinha do Brasil, 2019).<ref>Marinha do Brasil (2019c). Nota à imprensa (25 de outubro de 2019).<nowiki>https://www.marinha.mil.br/sites/default/files/nota_a_imprensa_25ut.pdf</nowiki></ref> Em novembro do mesmo ano, um navio de bandeira grega foi apontado como suspeito da origem do óleo (Ministério Público Federal, 2019).<ref>Ministério Público Federal (2019). Operação Mácula: MPF e PF no RN obtêm mandados envolvendo navio suspeito de derramamento de óleo. <nowiki>https://racismoambiental.net.br/2019/11/02/operacao-macula-mpf-e-pf-no-rn-obtem-mandados-envolvendo-navio-suspeito-de-derramamento-de-oleo/</nowiki></ref> As dificuldades que permearam a averiguação dos fatos se baseiam no caso da posição geográfica da costa brasileira. Isso porque está localizada próxima ao Canal do Panamá, região de intenso tráfego de navios mercantes entre o oceano Pacífico e Atlântico. Ou seja, os danos causados vão além das jurisdições brasileiras, prejudicando assim a identificação dos responsáveis, como também a especificação das possíveis medidas de contenção e recuperação das áreas afetadas. | ||
Devido a evolução da dispersão do óleo, sua presença foi notada em aproximadamente metade da extensão litorânea do Brasil. As correntes marítimas são as responsáveis pelo espalhamento do petróleo. Neste caso, é provável que a Corrente Sul-equatorial e Corrente do Brasil tenham levado o contaminante a alcançar regiões mais distantes do possível ponto de partida.<ref>BEIRÃO, A. P.; MARQUES, M.; RUSCHEL, R. (org.). O VALOR DO MAR: uma visão integrada dos recursos do oceano do brasil. 2. ed. São Paulo: Essential Idea Editora, 2020. 247 p.</ref> | Devido a evolução da dispersão do óleo, sua presença foi notada em aproximadamente metade da extensão litorânea do Brasil. As correntes marítimas são as responsáveis pelo espalhamento do petróleo. Neste caso, é provável que a Corrente Sul-equatorial e Corrente do Brasil tenham levado o contaminante a alcançar regiões mais distantes do possível ponto de partida.<ref>BEIRÃO, A. P.; MARQUES, M.; RUSCHEL, R. (org.). O VALOR DO MAR: uma visão integrada dos recursos do oceano do brasil. 2. ed. São Paulo: Essential Idea Editora, 2020. 247 p.</ref> | ||
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Semelhantemente, em 25 de janeiro de 2019 ocorreu o rompimento da barragem de Córrego do Feijão em Brumadinho, Minas Gerais. <ref> RODRIGUES, Sabrina. '''Retrospectiva: Rompimento da barragem de Brumadinho foi a primeira grande tragédia ambiental do ano'''. 2019. Disponível em: <nowiki>https://oeco.org.br/noticias/rompimento-da-barragem-de-brumadinho-e-a-primeira-grande-tragedia-ambiental-do-ano/</nowiki>. Acesso em: 28 jul. 2022.</ref>Cerca de 14 milhões de toneladas de lama e rejeitos de minério de ferro foram despejados. Além das vidas perdidas, o Rio Paraopeba ficou completamente poluído, necessitando urgentemente de planos de recuperação. | Semelhantemente, em 25 de janeiro de 2019 ocorreu o rompimento da barragem de Córrego do Feijão em Brumadinho, Minas Gerais. <ref> RODRIGUES, Sabrina. '''Retrospectiva: Rompimento da barragem de Brumadinho foi a primeira grande tragédia ambiental do ano'''. 2019. Disponível em: <nowiki>https://oeco.org.br/noticias/rompimento-da-barragem-de-brumadinho-e-a-primeira-grande-tragedia-ambiental-do-ano/</nowiki>. Acesso em: 28 jul. 2022.</ref>Cerca de 14 milhões de toneladas de lama e rejeitos de minério de ferro foram despejados. Além das vidas perdidas, o Rio Paraopeba ficou completamente poluído, necessitando urgentemente de planos de recuperação. | ||
[[category: socioambiental]] | [[category: socioambiental]] |
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